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UNIFOR-MG é parceiro do programa de revitalização da bacia do Rio Formiga

UNIFOR-MG é parceiro do programa de revitalização da bacia do Rio Formiga

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015.
UNIFOR-MG é parceiro do programa de revitalização da bacia do Rio Formiga

O UNIFOR-MG é um dos parceiros do programa “Vida Nova Rio Formiga”, desenvolvido por 16 entidades com o intuito de revitalizar as nascentes da bacia hidrográfica do principal rio da cidade.

De acordo com o coordenador do programa, José Ivo da Silva, a ideia surgiu em 2014, quando houve uma grave crise de falta de água em Formiga. Em conversa com o Reitor do UNIFOR-MG, Prof. Me. Marco Antonio de Sousa Leão, ele aprovou a iniciativa, o Ministério Público também aceitou e a proposta tomou grandes proporções com a inserção de mais parceiros.

Já foram feitas várias reuniões e os projetos estão em fase de elaboração em busca de financiamento. A obra gira em torno de R$10 milhões a R$15 milhões para recuperar a bacia inteira que é muito grande e uma área muito vasta.

O primeiro projeto já está em andamento na comunidade rural de Morro das Pedras, próxima à BR-354, a três quilômetros de estrada de chão depois do Posto Chaparral, na entrada e saída da cidade pelo bairro Engenho de Serra.

Segundo José Ivo, a área foi escolhida por vários fatores: devido ao número de nascentes, tem algumas microbacias com duas, três, quatro nascentes, por reunir um conjunto de condições melhores e estar em condição geográfica boa para mostrar como vitrine, além de terem conseguido, de imediato, a autorização dos proprietários de terrenos.

“Esse é o primeiro projeto que a ARPA (Associação Regional de Proteção Ambiental), por meio do Ministério Público, está financiando. É uma etapa que vai custar cerca de R$100 mil e vai atingir uma área de 170 hectares, daria umas 12 propriedades rurais de vizinhos do Córrego da Quebradeira e vai ser um projeto piloto”.

Já existem mais três projetos elaborados, em busca de financiamento estadual, federal e junto à própria Justiça com causas ambientais. “Seja como for, é um projeto que começou razoavelmente grande, porque tem muitos parceiros, todos ligados à questão da água, muito bem assessorado pelo UNIFOR-MG que tem um conhecimento de causa e pretendemos que, em 10 anos, consigamos recuperar a bacia”, destacou José Ivo.

 

Início dos trabalhos

O primeiro projeto já está em andamento no Córrego da Quebradeira o qual deságua no Córrego Morro das Pedras e que, por sua vez, se encontra com o Córrego Morro Cavado e formam o Rio Padre Trindade. Este se encontra com o Rio Barra Mansa, próximo à BR-354, e deságua no Rio Formiga. São 11 nascentes que alimentam o Córrego da Quebradeira, das quais apenas cinco estão produzindo água e serão visitadas para que seja analisado como recuperar cada uma.

Os trabalhos tiveram início na quarta-feira da semana passada, dia 9 de dezembro e a previsão é de três meses para fazer as curvas de nível e barraginhas em todas as propriedades.

Segundo José Ivo, inicialmente, estão previstos 10 quilômetros de curvas de nível e 50 barraginhas, depois serão feitos 6 quilômetros de cerca nas áreas de abrangência e o plantio de, pelo menos, mil mudas ao longo do córrego. “Tem também o lago lonado, que é um lago, como uma barraginha, e forrado com lona e que há uma captação anexa, aproveitando o telhado de casa ou barracão e capta a água da chuva para uso do agricultor, para alimentar o gado ou irrigar alguma plantação. São várias obras e queremos ver se, em 90 dias, ficam prontas”, explicou.

“A primeira intervenção é fazer a água infiltrar no subsolo porque aí ela vai alimentar as nascentes, as minas. Nosso subsolo está muito pobre de água, porque os pastos estão degradados, pisoteados pelo gado. O terreno fica quase impermeável. Então chove e, muito rapidamente, a água escorre e vai embora, dá enchente e vai parar no mar e nós precisamos que essa água fique no município. As curvas de nível e as barraginhas que vamos fazer nas pontas têm esse objetivo, fazer com que a água da chuva fique parada no município, infiltre, alimente as nascentes e depois siga o curso normal dela. Essa é a primeira obra que vamos fazer. Na sequência, vamos cercar as vegetações nativas”, acrescentou José Ivo.

O próximo passo é outro projeto apresentado ao Judiciário e que os parceiros do programa aguardam a aprovação dentro desses 90 dias. “Trata-se de um projeto mais volumoso, pelo menos cinco vezes maior do que esse e daria para fazer, teoricamente, cinco microbacias e, nesse tempo, abre as inscrições para apresentação de projetos ao Estado para tentarmos conseguir mais recursos”, completou o coordenador do programa.

Esse programa é intitulado “Vida Nova Rio Formiga”, que é um conjunto de projetos. Dentro do programa, esse é o projeto piloto que está em andamento, depois virão os projetos numerados, 1, 2, 3, que decidiram chamar de “Santuário das Águas”, nome usual em ecologia que traz uma dimensão de proteção especial a alguma coisa, no caso a água que é vital e precisa realmente de proteção como um santuário.

 

Desenvolvimento do projeto piloto

O técnico agrícola Gustavo Bahia, do ISEPEM (Instituto Social, Educacional e de Pesquisa de Minas Gerais), explica como está o andamento nesse início de trabalhos do projeto piloto.

“Depois que começou a parceria e o ISEPEM, que é o instituto que sou gerente técnico, a promotoria ambiental, a ARPA, então começamos um diagnóstico da área, que é a área de pastagem a qual está bastante degradada, bastante compactada. Viemos definir o nível e demarcar as curvas de nível para construir os terraços. Nós estamos trabalhando com duas frentes de trabalho hoje, que é o trator agrícola, estamos fazendo as curvas de nível, os terraços com arado agrícola de três discos, o que é reversivo, é uma opção para trabalhar o meio mais social com o pessoal que possa ensinar produtores, disseminar essa tecnologia a eles para que possam fazer as curvas de nível, os terraços e ensinando a marcar também”.

Sobre as barraginhas, o técnico agrícola esclareceu o seguinte: “temos a parte demarcada, fazemos o monitoramento do foco maior de enxurrada, uma pressão maior, delimitamos a área da barraginha e treinamos, também, o maquinista para fazer de uma forma mais técnica para evitar algum dano futuramente”.

Com a época de chuvas, a água é direcionada pelas curvas de nível até a barraginha e traz várias vantagens para o terreno. “A vantagem maior seria a infiltração da água no solo, ou seja, reabastecimento dos lençóis freáticos porque está com déficit hídrico em toda a região. Formiga mesmo já passou por alguns momentos ruins e, com esse trabalho, toda a água que escoaria, levando partículas sólidas, assoreando os leitos de rios e nascentes, vai ser retida pelos terraços em nível e barraginhas e vai ter uma infiltração maior. Vamos fazer do solo como uma esponja, ele vai absorver toda a água e soltar nas vias que caberiam melhor adequação”, ressaltou.

O técnico do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), Isac Eustáquio da Silva, aluno do 5º período do curso de Ciências Biológicas do UNIFOR-MG, esteve no local do projeto nesta quarta-feira, dia 16 de dezembro, para colher amostras de água para análise, o que também é uma das etapas do programa. 

 

Parceiros

As instituições que integram o programa “Vida Nova Rio Formiga” são: Ministério Público; ACIF/CDL (Associação Comercial, Industrial de Serviços e Agronegócios de Formiga/Câmara de Dirigentes Lojistas); APROF (Associação dos Produtores Feirantes de Formiga); ARPA (Associação Regional de Proteção Ambiental); Câmara Municipal de Formiga; EMATER (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais – Escritório de Formiga); IEF (Instituto Estadual de Florestas – Escritório Regional em Arcos); IGAM (Instituto Mineiro de Gestão das Águas – Escritório de Divinópolis); ISEPEN (Instituto Social, Educacional e de Pesquisa do Estado de Minas Gerais); Polícia Militar Ambiental, Prefeitura de Formiga; SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Formiga); Secretaria Municipal de Gestão Ambiental; Sindicato dos Produtores Rurais de Formiga; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Formiga; SUPRAM (Superintendência Regional de Regularização Ambiental – Escritório de Divinópolis); UNIFOR-MG e Rotary Clube de Formiga.

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